APRENDENDO A ARTE DE NÃO DESISTIR
TEXTO – MATEUS 15.21-28
INTRODUAÇÃO – (ilustração do monte Evereste)
Se eu te perguntasse o que significa não desistir, o que você me responderia? Eu poderia responder o seguinte: não Desistir é o contrário de desistir, é óbvio. Diante de uma luta não existe meio termo: ou você desisti ou você não desisti. Você pode até ficar indecisa em um momento, mas terá sempre que decidir: desistir ou não desistir. Também diante de uma luta essas são duas atitudes muitas vezes determinantes. A desistência pode nos levar ao fracasso e a não desistência pode nos levar a vitória. Mas toda luta tem diversas situações, e em algumas dessas situações somos motivados a não desistir, recobramos o ânimo e dizemos: eu vou até o fim. Mas quando a batalha se agrava e até mesmo o que parecia melhorar piora, a nossa tendência é ir pro outro lado da moeda, entregar os pontos e simplesmente desistir. Para desistir é muito fácil nessas horas, o difícil mesmo é não desistir. Quantas pessoas aqui talvez estão pensando em desistir? Entregar os pontos parece ser a solução para uma causa sem resultados aparentes. Sabe que isso é tão sério que dentro de uma batalha podemos até ainda está lutando, mas mesmo assim em nosso coração já termos desistido. As vezes a nossa fé já desistiu, a nossa esperança de vencer já foi embora. Mas deixe eu te perguntar uma coisa: Deus já desistiu dessa situação? Por isso, quero te animar a tomar a atitude contrária, a não desistir. Eu encontro no exemplo desta mulher citada no relato de Mateus lições suficientes para nos fazer entender que a vitória está na arte de não desistir.
ELUCIDAÇÃO – Estamos diante da história de uma mulher que entrou para história bíblica, diga-se de passagem uma mulher anônima, não é mencionado o seu nome somente sua procedência e sua situação: uma mãe Ciro-fenícia conforme o relato de Marcos (7.26) com uma filha terrivelmente endemoninhada. Mateus descreve que essa mãe era Cananéia da região Tiro de Sidom, lugar para o qual Jesus deslocara depois de um momento de debate com os fariseus e os escribas a respeito da tradição dos anciãos, a qual era uma interpretação oral a respeito da lei de Moisés com muitos acréscimos que posteriormente foi codificado num documento chamado de Mishná (núcleo do Talmude). Os líderes religiosos interrogaram a Jesus porque seus discípulos não obedeciam a tradição dos anciãos, essa tradição era apenas uma simples atitude de higiene depois foi transformada num ritual de purificação, a qual era exigida pela necessidade de um judeu ter sido “contaminado” com a poeira de algum gentio. Depois de vencer esse embate, Jesus se retira para a região de Tiro e não queria ser incomodado, contudo a luta de uma mãe o comoveu. Luta esta que era resultado de uma mulher que aprendeu a arte de não desistir.
TEMA – O SEGREDO DA VITÓRIA NUMA LUTA ESTÁ NA ARTE DE NÃO DESISTIR
Interrogação – o que precisamos aprender com esta mulher sobre?
Transição – vejamos as atitudes certa a tomar:
1. A ARTE DE NÃO DESISTIR NOS LEVA A IR ALÉM DOS OBSTÁCULOS (15.22 - 26)
a) Aquela mulher buscou a solução em Jesus e diante Dele clamou
b) Ela era gentia não conhecia o Deus de Israel nem as promessas messiânicas, mas certamente ouviu falar de Jesus e de seu poder e isso foi o suficiente para ir ao seu encontro e clamar. (Mc 7.24)
c) Segundo os costumes religiosos de seu povo eles adoravam uma deusa chamada Achetorete, não sabemos se ela foi buscar ajuda nela, mas ao ouvir de Jesus ela não hesitou em procurá-lo.
d) Estamos falando de uma mãe numa situação extremamente difícil, e aparentemente sem solução. Sim, pois nunca se tinha ouvido falar na história sobre alguém que expulsasse demônios. Esse foi um dos grandes diferenciais do ministério de Jesus, sua autoridade sobre os demônios. Mas, agora alguém surgia no senário da história com tamanha autoridade, e quando ela soube que a solução estava perto dela, ela então foi buscá-la.
e) Depois de clamar aquela mulher que já tinha deixado uma batalha em casa agora conseguiu outras, deveria ser o contrário depois do clamor deveria vir logo a vitórias, mas nem sempre é assim, muitas vezes a luta só aumenta. Foi o que ocorreu com ela, agora ela tinha alguns obstáculos a vencer se quisesse triunfar finamente.
VEJAMOS 4 OBSTÁCULOS QUE ELA ENTRENTOU:
O SILÊNCIO DE JESUS – ela clamou e Jesus se calou! Seu primeiro desafio era encarar o silêncio de Deus. Quem nunca enfrentou o silêncio de Deus? E como é difícil passar por isso. Esperamos Deus falar e Ele se cala. E as vezes parecemos até está sozinhos. Como diz Hernandes Dias Lopes: “o silêncio de Deus faz muito barulho na alma”. Mas o silêncio de Deus não significa sua indiferença, pois mesmo quando está calado ele está trabalhando. Calar não significa parar. E ela foi além do silêncio de Deus e insistentemente continuou na batalha.
A OPOSIÇÃO DOS DISCIPULOS – de repente alguém rompe com o silêncio, mas aquela não era a voz intercessão, mas da oposição. Os discípulos pedem para despedi-la. Pelo termo grego empregado aqui dá a entender que eles não queriam mesmo que Jesus a atendesse. Eles sabiam que Jesus podia fazer por ela, mas não queriam que fizesse. Quantas vezes sofremos oposições? Diante de uma batalha. Ás vezes o mais difícil é não contar com o apoio e ainda mais ter que vencer a oposição. E nestes momentos você não pode controlar o que as pessoas dizem, mas pode controlar como isso cairá em seu coração: “você não pode impedir que um pássaro voe sobre sua cabeça, mas pode impedir que ele faça um ninho”.
A ESPERA – AGUARDAR O TEMPO DE DEUS – Jesus resolve falar, mas em sua resposta parece haver um “aguarde”. Ele diz não posso pegar o pão dos filhos e dá-los aos cachorrinhos (judeus e gentios). O texto de Marco (7.27) Jesus diz “deixe primeiro que eu farte os filhos...”, o que dá a entender que aquele ainda não era o tempo dos gentios. Isso parecia um “espere ainda não é o tempo”. Às vezes Deus tem 3 respostas: sim, não e espere. Espere não significa não, mas ainda não. Tudo ocorre no tempo de Deus, e não podemos determinar esse tempo.
SUPEROU O ORGULHO – ela disse que queria pelo menos as migalhas. Ela foi humilde diante de Deus. Precisamos chegar com humildade diante de Deus e nunca com orgulho. É como se ela estivesse dizendo: Senhor eu não mereço, mas eu preciso.
2. A ARTE DE NÃO DESISTIR NOS LEVA A IR ALÉM DO DESÂNIMO (15.27-28)
a) Mesmo diante de tudo ela não desanimou, mas continuou até alcançar a vitória.
b) Ela perdeu muitas batalhas, mas ainda não havia perdido a guerra.
c) O ânimo é um virtude indispensável numa luta, pois o desanimo numa batalha, pode nos levar a perde-la sem que a guerra tenha acabado.
d) As vezes por estar tão desanimado entregamos os pontos.
e) Não desanime! Continue, pois a vitória sempre pertencerá aos que superaram o desânimo.
3. A ARTE DE NÃO DESISTIR NOS A IR ALÉM DAS TENTATIVAS FRUSTRADAS (15.28)
a) Veja de repente ela veio buscar ajuda e se depara com tantas tentativas frustradas, porém mesmo diante disso ele continua lutando até o fim.
b) Ela lutou até ver o resultado de sua luta e não desistiu mesmo diante de tantas tentativas que não deram certo. Ela tinha deixado uma filha em casa possuída e quando voltou a encontro liberta. Que coisa gloriosa.
c) Ela então ouviu um lindo elogio de Jesus: Grande é a tua fé. E voltou para casa para encontrar sua filha liberta. Ele tinha deixado sua filha dominada por demônios, e quando voltou encontrou uma filha livre. Glória a Deus.
d) Ela foi e deixou a situação de uma forma, e quando voltou tudo estava diferente.
CONCLUSÃO - aquela mulher entrou para história por causa de suas atitudes, aliás, a história precisava de um exemplo assim, que bom ter na história esse registro. Seja você também pode escrever sua história de forma que isso repercuta como exemplo para a vida de outros.