COMO A IGREJA DEVE AGUARDAR O RETORNO DE CRISTO

 

TEXTO: Mt. 24. 42

INTRODUÇAO/ELUCIDAÇÃO: Este texto que lemos faz parte do chamado “Sermão Profético”, proferido por Jesus depois que os discípulos o levaram a contemplar a magnitude do Templo (Templo reconstruído por Zorobabel e reformado por Herodes, o grande). O Senhor então olhando o Templo disse naquele momento que ali não ficaria nenhuma pedra que não fosse derrubada. Jesus estava se referindo exclusivamente ao Templo e aos edifícios que compunham aquele complexo (existia outros compartimentos, por exemplo, um onde o sinédrio se reunia), contudo há quem encontre nesta passagem uma alusão à todas as construções existentes no dia em que Jesus voltar, porém assumir esta interpretação seria ir além do que o texto pretende discorrer no seu sentido original, pois na  expressão “Não vedes tudo ISTO?” , temos uma alusão ao Templo visto que o senário mostra que ele está apontando para o prédio do Templo construído por Salomão, reconstruído por Zorobabel e reformado por Herodes.  Esta afirmação profética foi suficiente para provocar a curiosidade dos discípulos. No texto paralelo de Marcos ele escreve que “assentando-se ele no monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular: Dize-nos quando acontecerão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para cumprir-se” (Mc.13:3-4). De acordo com o relato de Mateus, eles ainda perguntaram: “Que sinal haverá da tua vinda e do fim dos tempos” (Mt.24:3). Quando olhamos o termo grego usado aqui entendemos que é “parousia” que foi traduzido por “vinda” que significa simplesmente aparição, manifestação ou revelação . Temos que considerar também que os discípulos ainda estão dominados por uma mentalidade judaica e, por tanto, quando eles usam esse termo aqui deve ser entendido a luz de seus pressupostos ainda equivocado, neste caso eles queriam saber quando o Jesus iria se revelar ao mundo como Rei, e quando seria o fim dos tempos, ou como podemos encontrar em outra tradição, a consumação dos séculos, ou a plenitude dos tempos. Vale considerar que isso não significa aqui uma referencia ao fim do mundo, ou a destruição do cosmo, mas ao fim de uma era e o começo de outra. No grego encontramos três vocábulos para mundo: kosmos, Oikumene e Aión. Ambos são traduzidos por mundo, porém, possuem significados distintos. Nesta passagem de Mateus, algumas traduções da Bíblias trazem a expressão fim do mundo , mas é necessário entender que a palavra usada neste texto é aións, que é traduzida por mundo, e seu significado mais preciso é eras. Os discípulos já sabiam que a manifestação de Cristo como Rei deveria se dar na consumação dos aións, das eras. Talvez os discípulos pensavam que estas palavras, concluíram que Jesus se referia ao ataque final a Jerusalém que fora predito por Zacarias para o fim dos tempos, quando o Senhor destruirá as nações gentias e estabelecerá o reino messiânico (Zc 14.3-9). Os discípulos criam que esses eventos já estavam em andamento e o seu clímax aconteceria com a revelação pública de Jesus e o Seu reinado como Messias.  É diante deste senário que Jesus aproveita a pergunta e procura esclarecer a indagação que partia de uma teologia distorcida, Jesus vai mostrar sobre o que deveria ocorre antes da consumação de tudo, mas aqui não tinha a ver com o que eles pensavam, mas sim com a sua segunda vida a este mundo, seu retorno triunfal. O conteúdo está carregado de instruções a respeito das últimas coisas que desencadearia este processo final no relógio escatológico de Deus. As alusões a este respeito poderiam ser divididas em cinco seções principais:

1.       Os sinais que precedem o retorno de Cristo (1-34)

2.       A data desconhecida do retorno (36-44)

3.       O modo do retorno (29-31)

4.       O propósito do retorno (31/40-41)

5.       Advertências sobre como agir diante do retorno (32-35/42-44)

No final deste sermão, Jesus vai também colocar alguma figuras como Típos, e parábolas para conscientizar os discípulos sobre as posturas que deveria ter diante da certeza do retorno, poderíamos até dividir em duas grandes cessões: a primeira relaciona os sinais e a palavra de ordem é “acautelai-vos”, a segunda trata sobre as posturas e a palavra de ordem é “vigiai”, deste modo aqui nos concentramos na segunda e aprenderemos sobre:

TEMA: DEVEMOS AGUARDAR O RETORNO DE CRISTO COM POSTURAS CORRETAS

INTERROGAÇÃO: quais são essas postura?

TRANSIÇÃO: Vamos destaca-las nas parábolas que fazem parte desse discurso:

1.       VIGILÂNCIA, POIS A QUALQUER MOMENTO PODE ACONTECER O RETORNO DE CRISTO.

a)       A figueira (24.32) Os sinais servem de aviso, de advertência para a igreja identificar o roteiro do fim.

b)       Os dias de Noé (24.37-42) - “Comiam e bebiam” (Lc 17.27) “Casavam e davam-se em casamento” (Lc 17.27). Toda a terra estava corrompida e violenta. Comer e beber são instintos concedidos por Deus, casar também é ordem divina, não há nada de errado, desta forma podemos aprender como estavam os dias de Noé.

Tempos de Noé: (Gn 6.11-12)

Ø  As coisas do mundo eram prioridade

Ø  Envolvimento com o mundo, mas do que as coisas de Deus

Ø  Não houve aviso prévio

Ø  Corrupção

 

Posturas de Noé

Ø  Creu e obedeceu (Gn. 6,13-8) (Hb. 11,7)

Ø  Pregou no Tempo (2 Pe 2.5)

Ø  Foi fiel numa época de corrupção. (Gn.611.12)

 

c)       O relâmpago. (24.43-44) Fala da volta repentina.

d)       O ladrão (24.43-44) - Como um ladrão.

Ø  Assim como protegemos nossa casa com câmeras e alarmes contra meliantes, precisamos proteger a nossa vida espiritual contra os ataques do Inimigo.

Ø  Como podemos proteger-nos espiritualmente? Lendo, meditando e obedecendo à Palavra de Deus, orando, buscando a santificação e participando da comunhão com os santos. Esteja preparado e em segurança para a vinda de Jesus, não descuide de sua “casa espiritual”. (Elinaldo Renovato)

e)       As virgens (25. 1-13) - Cheio do Espírito Santo. Jesus ensinou a Parábola das Dez Virgens (Mt 25) para mostrar o que significa estar pronto para o seu retorno. Com esta parábola também aprendemos que cada um de nós é responsável (individual) l, diante de Deus, por sua condição espiritual. As virgens prudentes representam os crentes fiéis, que esperam a vinda de Jesus em santidade e cheios do Espírito Santo. As prudentes tinham azeite em suas vasilhas. Este azeite representa a presença do Espírito Santo. As virgens “loucas” ou imprudentes tinham azeite, mas era pouco, suas lâmpadas logo se apagariam (Mt 25.8). As loucas representam os descuidados (Mt 25.10). Sem a presença do Espírito Santo é impossível o crente esperar a vinda de Jesus de forma santa. (Elinaldo Renovato)

 

2.       FIDELIDADE, POIS DEVEMOS SER INTEIRAMENTE COMPROMETIDOS COM O RETORNO DE CRISTO.

a)       Os dois sevos (24. 45-51)

b)       Um servo estava comprometido com o retorno o outro ignorou o retorno.

c)       Se cremos em sua vida devemos estar comprometidos, nos comportando a altura dela, quem não tem esta certeza se comporta de outro modo.

 

3.       SERVIÇO, POIS VAMOS PRESTAR CONTAS NA OCASIÃO DO RETORNO DE CRISTO (25.14-30)

a)       Os talentos (25.14-30)

b)       Devemos compreender a importância do que nos foi entregue, pois foi o próprio Senhor que nos entregou.

c)       Devemos ser responsáveis pelo que o Senhor nos entregou em particular, cada uma terá que prestar contas apenas do que recebeu (5,2 e 1 talento)

d)       Devemos ter consciência que Deus nos recompensará pelo que nos entregou, por isso precisamos nos dedicar e sermos fieis.

e)       Devemos ter consciência que aquilo que nos aguarda não se compara ao que temos hoje. Tudo será pouco diante do que vamos desfrutar (um talento equivalia a quase 20 anos de trabalho e na prestação de contas aquele que trabalho o equivalente a quase 100 anos ouvi do Senhor que era pouco, mas realmente era pouco diante da grandeza que ele iria desfrutar.

CONCLUSÃO:  E isso deve produzir em nós: expectativa e não frustração, convicção e não incerteza, alegria não com pavor, proclamação e não inercia, desejo não “escapismo”. 

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