DO TRONO PARA A MANJEDOURA, DA MANJEDOURA PARA A CRUZ, ISTO É NATAL
O dia 25 de dezembro é considerado a data comemorativa do nascimento Jesus. Embora este seja um período já memorável no calendário cristão, esta é uma data mais simbólica do que real. Dezembro seria um mês improvável para os acontecimentos descritos no Novo Testamento, pois é período frio em Belém e seria incomum encontrar pastores no campo. Por causa disto, alguns estudiosos acreditam que o período da primavera seria o mais coerente para o nascimento de Cristo, no caso o mês poderia ter sido abril. Boa parte dos estudiosos acreditam que a data de 25 de dezembro foi estabelecida pelos cristãos em 336 D. C. para substituir uma festa pagã que acontecia em homenagem ao sol, há quem suponha também ter sido o imperador Constantino quem fez essa substituição.
É interessante, o fato de não se ter registro algum sobre a data deste evento tão importante, um acontecimento que marcaria a história humana não somente terrena, mas principalmente a eterna. Isso é devido a realidade de que o nascimento de Jesus passou despercebido, pois ele veio como uma pessoa comum, e talvez o mais humilde dos mortais. Embora sendo Rei, não nasceu num palácio nem num berço de ouro. Não houve fogos comemorativos, nem festejos para celebrar sua chegada. Aos grandes homens da terra não foi proclamado seu aparecimento. Nem se quer César Augusto, o imperador romano da época, recebeu algum comunicado especial, somente alguns pastores no campos são contemplados com a mais linda notícia que o mundo já ouviu: na cidade de Davi nasceu hoje o Salvador, que é Cristo o Senhor (Lucas 2.11). Não podemos esquecer que os magos também receberam a notícia por meio de uma estrela, mas sua visita só teria ocorrido após uns dois anos (Mateus 2.1-12).
E assim, naquela mesma noite essa foi a única visita que o Salvador recebeu. Os pastores vieram e assim como o anjo lhe falara, ali numa estrebaria estava o menino envolto, não num manto de púrpura caríssimo, mas em panos simples, não deitado no mais esplendoroso berço, mas numa singela e humilde manjedoura.
No entanto, embora parecesse o momento mais simples da história humana, aquele na verdade era o mais glorioso de todos os acontecimentos ocorridos ante e depois dele, porque:
Ali na manjedoura estava o Emanuel, o Deus Filho todo poderoso que tinha se feito homem, e depois de habitar no ventre daquela simples jovem de Nazaré, tinha nascido e estava ali para estar conosco para sempre.
Ali na manjedoura estava o Príncipe da Paz, o Deus Filho chegava para nos levar de volta para o Pai, trazendo-nos o privilégio da reconciliação para temos comunhão novamente com Ele.
Ali na manjedoura estava o Rei, o Deus Filho que tinha deixado o seu trono de glória para viver como servo a ponto de se entregar até a morte e morte de cruz.
Ali na manjedoura estava o Salvador que veio tomar o nosso lugar e pagar o preço para aniquilar de uma vez por todas a dívida que tínhamos diante de Deus.
Pois é, aquela insignificante manjedoura abrigava naquele instante o mais significativo tesouro do mundo e seria lembrada eternamente por ter sido o lugarzinho que acolheu o Senhor do universo, e que agora estava entre os homens para se tornar o Salvador deles.
A data não foi gravada, mas a realidade do glorioso nascimento de Cristo está fixada para sempre na história humana e eterna, assim como deve estar na história das nossas vidas, pois aquele nascimento era o começo de uma grande entrega por nossa causa. O bebezinho daquela manjedoura seria o homem que se entregaria até a morte para no salvar. O Senhor e Rei da glória que se deu em sacrifício santo para nos perdoar. Por isso, a manjedoura que naquela hora substituía o trono, já refletia a sombra de uma cruz.
Aleluia. Que glorioso é saber que Jesus veio do trono para a manjedoura, e da manjedoura Ele foi até a cruz.
POR ISSO, FELIZ NATAL!
Miss Gilmara Bezerra