A IMPORTÂNCIA DE NOS COMPROMETERMOS COM A MISSÃO
07/01/2014 19:30
TEXTO: Atos 8.26-40
INTRODUÇÃO / ELUCIDAÇÃO:
- Todo o livro de Atos se detém em transmitir os relatos sobre os primeiros momentos da igreja. Esta não era uma igreja perfeita, não podemos ter esse tipo de olhar sobre os nossos primeiros irmãos, mas haviam, em meio as suas fragilidades virtudes exemplares e uma delas era em relação ao compromisso com a missão que lhe fora designada. A missão fazia parte da essência da igreja de modo que não era necessário se fazer cultos missionários, conferências, porque não havia necessidade de desperta-la para aquilo que ela sabia muito bem que era seu dever, isto, proclamar Cristo e sua salvação a todos. Nem mesmo a perseguição fazia com que ela parasse. No início do capitulo 8 vemos que tinha ocorrido uma perseguição em Jerusalém e isso fez com que a igreja saísse e continuasse a missão mesmo diante daquela situação. Nesta ocasião Filipe, um evangelista do NT, também vai para Samaria e lá começa ocorrer um grande mover de Deus. Porém estando em Samaria e vendo as multidões se converter e o poder de Deus ser manifesto naquele lugar, Filipe ouve a voz de Deus e vai para a região de Gaza ali encontra um homem etíope para quem comunica a mensagem do Evangelho e etíope se converte e logo é batizado. E é diante dessa ocasião que podemos ver através das atitudes de Filipe no texto como se comporta alguém que tem compromisso com a missão. DIANTE DISSO APRENDEMOS:
TEMA: PRECISAMOS ESTAR TOTALMENTE COMPROMETIDOS COM A MISSÃO
Interrogação: que tipo de atitudes devemos ter para assumir nosso compromisso?
Transição: vejamos no texto as atitudes:
- PRECISAMOS OBEDECER DECIDIDAMENTE A VOZ DE DEUS (8.26-29)
- Vemos que Filipe primeiro obedeceu o anjo que mandou ir para a região de Gaza, que na época era uma região desértica. Ora, o que ele ia fazer no deserto?
- Ele estava em missão em Samaria(8.4-5) pregando para multidões fazendo gloriosos sinais, e agora não fazia muito sentido, se olharmos na ótica humana, ir para o deserto. Mas, Deus tinha ordenado e Filipe nem se quer questiona.
- Quando Filipe chega ao local ele encontra um eunuco que estava de volta para sua terra vindo de Jerusalém. Ali Filipe ao ver o eunuco ler em voz alta, como era de costume, a passagem do profeta Isaías 53.7-8, ele ouvi mais uma vez a voz de Deus para se aproximar, e mesmo o eunuco sendo um prosélito, ele mais uma vez nada questiona, só obedece.
- Acredito que a missão começa com obediência inquestionável a voz Deus, voz essa que Ele já pronunciou a cerca de dois mil anos atrás e ainda ecoa retumbantemente em nossos dias, quando Ele disse: “Ide por todo o mundo pregai o Evangelho a toda criatura” Mc.16.15.
- É preciso obedecer aos comandos de Deus e para isso é preciso ter discernimento e sensibilidade a voz. OBEDECER implica em decidir.
- Obedecer não implica que seremos bem sucedidos, mas que teremos a certeza do dever cumprido.
- Obedecer a voz de Deus é romper com barreiras e não criar barreiras também. Diante disto, percebemos também que Felipe rompeu com a barreira das restrições (8.27-28). O eunuco era um alto oficial do reino da Etiópia, embora muitos eunucos servissem para cuidar dos haréns dos palácios reais, era comum também ver os eunucos ocupando altos cargos na antiguidade porque eram vistos como homens de alta confiança. Este além de ser um deles, estava num carro, o que demonstrava um grande luxo para sua época, mas isso não geral em Felipe uma ideia preconceituosa, de forma que ele pudesse pensar: este homem jamais vai me ouvir.
- Veja que ele se aproxima sem nenhuma restrição. Independentemente de sua raça ou condição social o homem precisa do Evangelho para a salvação.
- PRECISAMOS APROVEITAR AS OPORTUNIDADES (8.28-35)
- Filipe então ouvi que o eunuco estava lendo o profeta Isaías.
- Neste momento não vemos Deus dizer: Filipe explique para ele o que isso significa. Agora aparece no cenário uma iniciativa de Filipe que pergunta para o Eunuco: você está entendendo o que está lendo.
- Antigamente os livros do VT era escritos em papiro e feitos em forma de rolo. Os rolos que já existiam em grego no NV, chamada versão da septuaginta produzida por causa da helenização de Alexandre o grande, eram facilmente vendidos, embora custasse um valor muito alto, este homem havia adquirido um talvez em Jerusalém de onde estava vindo da adoração.
- Ao ler a passagem em voz alta, Filipe aproveita a oportunidade, que era imensamente propícia e lhe pergunta, já sabendo (perlo termo grego é possível entender isso) que ele iria dizer não. Aqui Filipe cria a oportunidade.
- E é aí que Filipe entra com a mensagem do Jesus, explicando Cristo a luz daquela passagem.
- Veja bem ele aproveito dois aspectos daquele momento: o fato de o eunuco está lendo a passagem a ignorância do eunuco que teve a humildade de admitir.
- Assim também precisamos aprender a aproveitar as oportunidades, em nosso trabalho, na escola, com os amigos, familiares, e outros.
- PRECISAMOS ATENTAR PARA SUPRIR A NECESSIDADE (8.34-35)
- Filipe reconheceu de imediato que aquele homem estava lendo, mas não sabia do que se tratava aquela passagem. E assim, ele teve a ousadia para chegar até ele e perguntar se estava entendendo o que estava lendo.
- Do que adiantava ler sem entender. Filipe poderia muito bem ter dito: que bom ele está lendo o profeta Isaías, e assim ter somente orado: Oh Senhor abri o entendimento desse homem, não! Ele se mostrou como a resposta para a necessidade do eunuco.
- Outra coisa é que Filipe percebe que a necessidade daquele homem não era de religião, mas de Cristo.
- Veja que Filipe não somente atentou para a necessidade daquele homem, mas disse eis-me aqui para ela. O fato é perceber e fazer.
- Veja que este homem era religioso, e mesmo tento tantas limitações parecia ter forte anseio de Deus. Ele era prosélito do judaísmo, ou seja, pertencente a religião judaica por conversão, mas veja bem, o eunuco era um homem castrado, existiam pelo menos três tipos de eunucos: aqueles que nasciam com uma deficiência, aqueles que eram mutilados pelos homens, e aqueles que se faziam eunucos espiritualmente abdicando da vida sexual para servir a Deus. Não sabemos qual dessas era a sua situação.
- Mas é relevante entender que este homem como eunuco era também prosélito do judaísmo, ou seja, adotava a religião judaica como sua prática de fé. Mas, como ele era mutilado não poderia participar dos rituais do templo nem cumprir tudo o que a Lei de Moisés obrigava, assim ele era considerado um “prosélito da porta” não um “prosélito justo”. Mas mesmo sendo rejeitado de certa forma pela religião ele estava lá, numa constante busca por Deus.
- Porém não era de religião que ele realmente precisava, mas de ter um encontro com Deus, e mais interessando do que ele em Deus, Deus estava por ele.
- E foi naquela ocasião que um servo de Deus comprometido com a missão levou Cristo aquele homem.
- Deste modo, também precisamos atentar para as necessidades que se descortinam diante de nós. Principalmente a necessidade de salvação.
- Aquele homem não voltou para Etiópia do mesmo jeito que veio, agora ele era um servo de Cristo. Porque ouviu a mensagem autentica de Cristo.
- Neste sentido também, precisamos zelar pela mensagem correta da evangelização. Veja que Filipe se importa em interpretar corretamente a mensagem do texto de Isaías (53). Vale lembrar que esse texto tinha diversas interpretações, um delas era referente a Israel como servo sofredor, entretanto Filipe interpreta Cristo nela, danada a mesma seu sentido verdadeiro.
- Será que nós podemos dizer que o Brasil está sendo evangelizado, já que temos tantas pregações nas mídias e em cruzadas? Qual a mensagem que o Brasil está ouvido.
- PRECISAMOS SER CONSTATES NA EVANGELIZAÇÃO (8.40)
- O texto mostra que Filipe não se detém quando o etíope aceita a Jesus e é batizado, mas é arrebatado pelo Espírito para evangelizar em outro local. Ele não pendurou as chuteiras achando que já tinha cumprido sua tarefa.
- E o próprio eunuco voltou para casa como um missionário. A tradição conta que o próprio eunuco se tornou também um grande missionário também, a ponto de ter sido até mesmo martirizado.
- A tarefa de evangelização é o motivo de existência da igreja; a tarefa de evangelização só termina quando todos ouvirem a respeito de Cristo. E enquanto Cristo não voltar a ordem ainda estará de pé.
- Não há tempo de parar, a missão é urgente. Não dá para se aposentar ou tirar férias, ainda há muito pra fazer e não podemos descansar. A tarefa não está concluída.
- É necessário ser constante na missão e entender que tudo que já fizemos é pouco diante do que ainda temos para fazer.
CONCLUSÃO: E assim, vemos que é necessário agir com compromisso para desenvolver a tarefa da evangelização a qual é responsabilidade da igreja. E hoje a necessidade clama pelo nosso comprometimento com a salvação dos perdidos.