JESUS: A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA

Texto: Ageu 2. 9

INTRODUÇÃO / ELUCIDAÇÃO:

  • Ageu foi um dos profetas que viveu no período pós-exílio (o primeiro). Em seu tempo Zorobabel tinha regressado do cativeiro Babilônico para edificar o Templo de Jerusalém. No segundo ano de reinado de Dario.
  • Vale lembrar que este Templo substituía o Tabernáculo móvel que os israelitas construíram no deserto sob a ordem de Deus, a fim de estabelecer o culto. A tribo de Levi era encarregada dos cuidados do mesmo. Durante o reinado de Davi, já com a monarquia estabelecida depois de Josué e do período dos juízes, houve um período de grande paz em Israel, pois o próprio Davi tinha dado cabo de todos os inimigos (I Crônicas 28-12,19 – I Crônicas 17. 1-14, 28.1). Este era o momento propício para que o culto fosse restabelecido, pois não haveria interferências de adversários estrangeiros. Davi então fica constrangido porque habitava num confortável e palácio, mas a arca do Senhor não tinha morada. A partir daí ele idealiza o Templo. Mas ele mesmo foi impedido pelo Senhor de construir, pois suas mãos haviam derramado muito sangue e passa a responsabilidade ao seu sucessor, Salomão. Davi fez o projeto e reuniu a maior parte do material necessário (3.750 toneladas de ouro e 37.500 toneladas de prata), mas ele não ficou com a glória de ter seu nome memorizado naquela suntuosa e magnifica construção que foi erguida sobre o monte Moriá.
  • O templo de Salomão era considerado a maior obra arquitetônica de seu tempo. Foi construído pelos maiores engenheiros da época os fenícios, e cerca de 180 mil homens trabalharam na edificação. Há quem avalie hoje em 50 bilhões de dólares o valor do templo. Após sete anos ocorreu a sua inauguração e ali a glória de Deus encheu aquele lugar. Mas do que uma extraordinária construção aquele templo representava a presença de Deus entre o povo. Até as orações eram feitas se dirigindo a localização do templo. Pois a promessa de Deus era que as orações feitas naquele lugar seriam atendidas (2 Cr 7.14).
  • Quando Babilônia invade Jerusalém, sob a égide de Nabucodonosor, a cidade e o Templo são destruídos e seus elementos sagrados são levados cativos juntamente com o povo.
  • Cerca de setenta anos depois estando Belsazar no torno, Deus lhe traz num banquete uma terrível sentença, seu reino e o domínio babilônico haviam chegado ao fim. Com aquele desfeche se daria início da libertação e o retorno do povo a terra de Judá sob o decreto de Ciro, o persa (Esdras 1.1)
  • Com o retorno dos repatriados dão-se inícios as reconstruções também. Diferente da saída do Egito para a terra que se constituía num momento de conquista aquele era um momento de reconstrução. Nesta época Ageu era o profeta, Zorobabel era o governador e Josué o sumo sacerdote.
  • Embora tenham dado início, o povo ficou adiando a reconstrução usando a desculpa de que tinham que cuidar de outros afazeres primeiro, principalmente suas questões pessoais.
  • A construção do Templo era necessária para a restauração do culto, da comunhão do povo com Deus, pois antes de construir a cidade Deus queria reconstruir o coração do povo. Mas a construção ficou 18 anos parada.
  • É aí que Deus desperta Ageu para alertar ao povo que deveriam edificar o templo. Deus anima a Zorobabel, a Josué e ao povo dizendo que a glória desta casa por mais inferior que ela parecesse a erguida por Salomão, seria maior que a da primeira.
  • Isso parecia ser algo improvável, pois o Templo de Salomão que teve seus preparos antecipados por Davi era glorioso e foi construído num tempo de apogeu do reino de Israel. Tanto é que aqueles dentre o povo que tinha visto o Templo de Salomão em toda a sua glória choram com a simplicidade do Templo atual.
  • Agora era um tempo de regresso a terra depois de 70 anos de cativeiro. Com a invasão de Babilônia o Templo tinha sido destruído, os utensílios levados. Diante do novo senário, o que se presenciava era total pobreza, uma cidade em ruinas, nesta situação, sem tantos recursos, o templo só poderia ser bem inferior ao primeiro.
  • Contudo Deus esta se referido a algo muito superior ao material, pois esta casa seria o palco de uma glória espiritual. Neste sentido, a glória da segunda casa seria maior porque:

TEMA: JESUS É A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA

INTERROGAÇÃO: porque Jesus é a glória da segunda casa?

TRANSIÇÃO: são nas manifestações de Jesus no templo que percebemos essa verdade, porque:

  1. NAQUELE TEMPLO JESUS SE MANIFESTA COMO O SALVADOR (Lucas 2.1-51).
  1. Ali seria o palco onde Jesus se apresentaria: se apresentou como criança ao sumo sacerdote para ser circuncidado, se apresentou a profetiza Ana (declara a redenção de Israel ao ver o menino) e a Simeão (recebeu a promessa que não morreria ante de ver o messias), e na adolescência aos doutores da lei (Lucas 2.1-51). Haviam muitas crianças naquele dia ali, mas aquela era diferente.
  2. Veja que o texto diz esta última casa. Aquela seria a última construção, não haveria mais outra. Porque Deus não mais precisaria de templo, pois o Emanuel estaria habitando com o seus povo, depois o Espírito viria para ficar com a igreja. E ele mesmo cumpriria toda a lei tipificada no cerimonialismo do templo.  Por isso, a destruição daquele templo anos mais tarde seria necessário para que o povo entendesse que não era mais preciso fazer sacrifícios, pois o Cristo enviado já tinha oferecido o maior sacrifício pelo pecado.
  3. O texto também diz que Deus traria paz. Com a vida de Cristo viria a paz (Isaías 9.6), esta é uma paz plena e completa da qual o povo nunca gozou. Porque só o salvador pode trazer perfeita paz.

 

  1. NAQUELE TEMPLO JESUS SE MANIFESTA COMO GRANDE MENSAGEIRO
  1. Ali Jesus declara que é a água da vida. (João 7.37-43). No último dia da festa dos Tabernáculos um jarro de ouro com água era tirado do tanque de Siloé e derramado sobre o altar do sacrifico matinal, nesta ocasião Jesus chama a atenção de todos declarando que quem tivesse sede viesse a Ele para beber.
  2. Também ali Jesus se declara como a luz do mundo, na festa dos Tabernáculos se acendia enormes lâmpadas no pátio das mulheres relembrando a coluna de fogo no deserto, nesta ocasião Jesus se declara como a luz do mundo (João 8.12-20)
  3. Ali Jesus ainda se apresenta como a verdade que liberta (João 8.32-36)
  4. Ali também Jesus se apresenta como o bom pastor que dá avida pelas ovelhas (João 10.22-42)
  5. Ali Jesus se apresenta como um grande profeta. Ele profetiza sobre os eventos finais. Certa feita Jesus é chamado a atenção pelos discípulos para comtemplar a grandeza do Templo, este por sua vez era a mesma construção de Zorobabel, mas que tinha passado por várias reformas feita por Herodes o grande. Mas Jesus diz que ali não ficaria pedra sobre pedra que não seja derribada. No 70 da era cristã acontece a destruição do Templo na grade guerra judaico-romana. Esta que fora profetizada por Jesus seria o início dos acontecimentos escatológicos. Hoje só resta o muro das lamentações. (Mateus 24 – Lucas 21)
  6. Assim, a igreja está vivendo olhando para traz e vendo o cumprimento da vinda de Cristo e mirando a frente, onde caminhamos para os acontecimentos finais.

 

  1. NAQUELE TEMPLO JESUS SE MANIFESTA COMO AQUELE QUE É SANTO (Mateus 21.12-13)
  1. Jesus veio não somente para proclamar a mensagem de Deus, mas o seu caráter santo. O templo tinha se transformado em um ambiente de negócios ilícitos, diante daquela cena Jesus tomado por zelo faz a purificação do mesmo. Desta forma ele revela quem Ele é: Santos.
  2. Jesus é santo e não aceita uma vida de pecado, principalmente em relação ao serviço do Senhor.

 

  1. NAQUELE TEMPLO JESUS SE MANIFESTA COMO O TODO PODEROSO (Mateus 21 .14)
  1. Depois de purificar o templo, ali Jesus manifesta seu grande poder curando muito que vinham ao seu encontro naquele lugar. 
  2. Seu poder também manifestava suas credenciais messiânicas.

CONCLUSÃO: O templo de Zorobabel poderia ser insignificante diante do de Salomão, mas o tesouro que ele receberia depois mostraria que a sua grandeza era incomparável com o templo anterior. Muitos utensílios não retornaram para o segundo templo como a arca e o candelabro, mas não seria necessário, pois Jesus era a maior prova da nova aliança e Ele sim era a verdadeira luz que vindo ao mundo ilumina a todo homem. Assim Jesus deve ser a glória maior de nossas vidas, da igreja, do culto e de tudo mais que fazemos.

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