O SOCORRO DE DEUS SEMPRE CHEGA NAS SITUAÇÕES MAIS DIFÍCEIS DA NOSSA VIDA

TÍTULO: O SOCORRO DE DEUS

TEXTO: Ester 4.14

INTRODUÇÃO / ELUCIDAÇÃO

A tribulação é um fato real na vida cristã, ninguém duvida disso. Pelo que as Escrituras nos asseguram ela pode ser entendida como uma realidade natural da caminhada na proposta do Evangelho. Embora nem sempre conseguimos aceitar isso com tanta compreensão como deveríamos. Bem, dizer que ela é natural é considerar que suas razões explicativas nem sempre podem se encontrar na ausência de fé, na existência de pecado, dentre outros, conforme certos argumentos que costumamos configurar em nossas respostas. Dentre muitas tribulações que enfrentamos também existem aqueles momentos tão tenebrosos onde diante dos mesmos começamos a clamar por socorro. Como Pedro fez ao perceber que estava se afogando. Como aquela mulher cananeia expressou quando veio em busca de libertação para sua filha. E assim, muitas vezes estamos nós também enviando SOS para os céus, ou tentando dar sinal de fumaça para que sejamos atendidos em meio aos momentos de caos e perigo antes que tudo em nossa volta, e até nós mesmos, venhamos a sucumbir. De modo que se pudéssemos teríamos um holofote como aquele do Batman para que ao acionarmos o mesmo pudéssemos chamar por Deus e imediatamente ele chegasse para nos tirar do apuro. Fico pensando se na objetividade da vida cristã isso pode ser algo real. Será que Deus pode verdadeiramente vir para nos socorrer em momentos assim? E a resposta é claro que é sim, porque a Palavra nos garante isso.  O salmista já declarava: Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Sl 46.1). Os judeus também podem nos ensinar muito sobre isso, porque por diversas vezes viveram momentos nos quais foram socorridos. E a história do livro de Ester traz, talvez, um dos mais belos relatos que nos ensinam lições maravilhosas sobre essa verdade.

Para entender o livro precisamos nos situar no período histórico do cativeiro Babilônico. Depois que o povo de Judá foi conduzido à Babilônia em três levas, já haviam se passado mais de 70 anos, e o reino tinha sido tomado pelos medos e pelos persas. Assuero  (Xerxes I) ocupava o trono e reinava sobre 27 províncias e a capital estava estabelecida em Susã. O período dessa história se passa entre o primeiro retorno a Judá sob o comando de Zorobabel e o Segundo sobe o comando de Esdras (Ed.1-6 e 7-10). O livro começa mencionando que Assuero ofereceu uma festa para os maiorais e funcionários do reino que durou seis meses. Na capital do reino em Susã. Foi uma festa para ostentar mostrar suas grandezas. Despois ele deu uma festa para todo o povo que durou 7 dias. Nesta ocasião Vasti (sig. Bela) título dado sua esposa que se chamava Amestris, foi convidada a fazer parte da ocasião. O rei quis exibir a beleza de sua esposa, mas ela se recusa e por causa dessa uma atitude da rainha, que se recusou a comparecer no banquete oferecido pelo rei, para ser exposta como um troféu, sua atitude foi considerada uma ofença para o rei e para o povo conforme Memucâ seu conselheiro avaliou, sendo assim, a mesma foi deposta do trono. Os conselheiros também orientaram que se fizesse um uma seleção com mulheres do reino, e depois de passar por esta meticulosa triagem Ester, que era uma jovem dos cativos de Judá que tinham permanecido na Pérsia, fora elevada ao posto de rainha Persa. Com um detalhe ele não declarou sua descendência.

Depois deste episódio, Assuero engrandeceu um homem chamado Hamã, que se tornou a segunda pessoa do reino. Mardoqueu que era pai de criação de Ester e tomou a iniciativa de coloca-la na seleção,  teve sérias desavenças com este homem por não se curvar diante dele. Por causa disso, Hamã arma um plano de vingança, que afetaria não somente Mardoqueu, mas toda a nação de Judá. A proposta era através de um decreto irrevogável destruir todos os remanescentes daquele povo.  Diante de tal sentença, não se tinha o que fazer se não clamar o socorro do Deus de Israel. Mardoque sugere então que Ester intervenha junto ao rei para revogar a questão, o que era um risco para ela no momento. Contudo Mardoqueu faz duas declarações interessantes, a primeira é que ele crer na Soberania de Deus sobre a vida de Ester e diz que talvez tivesse sido para este momento que ela estava naquela posição, mas caso ela se recusasse a agir, de outro lugar Deus enviaria o socorro. Mardoqueu está certo de que o socorro da parte de Deus de alguma forma virá. A rainha Ester então se dispõe a jejuar para buscar o socorro divino e assim interceder junto ao rei por sua vida e de seu povo, crendo que só Deus, embora o livro não cite o nome de Deus, nem se quer nesta sena, Ele está bem presente na fé e na história de seu povo, e assim só Ele poderia fazer com Ester alcançasse favor junto ao rei. Diante disso podemos aprender que:

TEMA: O SOCORRO DE DEUS SEMPRE CHEGA NAS SITUAÇÕES MAIS DIFÍCEIS DA NOSSA VIDA

TRANSIÇÃO: Desta maneira podemos saber que este socorro chega:

 

 

1.       CHEGA DE FORMA SUFICIENTE EM NOSSA SITUAÇÃO (3.12-15)

A.       A lei que o rei assinou conta os judeus, influenciado por Hamã que lhe ofereceu uma grande quantia, fora selada pelo anel do rei e era irrevogável conforme afirmava a politica dos Persas. O povo era insuficiente para se salvar. Não tinha como revogar uma lei persa. As leis persas estavam até acima do próprio rei, nem ele poderia anular. O rei se tornava refém das leis que legislava.

B.       Então a lei colocava o povo numa situação de insuficiência, e assim, aquele era um momento que só Deus poderia agir. Até Ester se sente assim também, embora fosse rainha sabia de sua fragilidade, o rei já não a chamava a 30 dias.

C.      Mas Deus não abandonou seu povo. Ele agiu. E assim, veio o socorro de Deus.

D.      Deus sempre será suficiente em nossa vida, e notamos mais isso quando somos insuficientes. Quando percebemos nossa fragilidade. Ele sempre terá uma saída, mesmo quando não temos mais para onde ir.

E.       É quando sentimos a nossa fragilidade é que mais dependemos, que nos humilhamos e sabemos que não somos nada sem o Senhor, e é assim que Ele é glorificado em nossa fraqueza (2 Co. 12.9).

 

2.       CHEGA MOSTRANDO MISERICÓRDIA EM NOSSA SITUAÇÃO. (8.1-17)

A.       O povo estava na Pérsia desde o cativeiro Babilônico, porque tinha pecado contra Deus, mas Deus continuava exercendo sua misericórdia para com seu povo.

B.       E assim, o fato de estarem ainda no cativeiro pode ser considerado um momento de grande desobediência, mas mesmo assim Deus trouxe grande vitória para seu povo. Pois o decreto de Ciro tinha sido assinado há alguns anos liberando o povo retornar para suas terras, o que incluía Judá, mas muitos, a maioria não foi, preferiram ficar na Pérsia, o que implicaria de certa forma em desobediência, pois Deus tinha dito que eles deveriam regressar. Porém muito não obedeceram.

C.      Mas, mesmo assim Deus ainda se compadeceu de seu povo. Porque mesmo quando pecamos e clamamos, Ele se compadece de nós.

D.      Veja que Ester convoca o povo para se humilhar (4.15-16), o que implicava em clamar pela misericórdia. Não para reivindicar direitos.

E.       É pela misericórdia que temos que clamar e assim o socorro virá ao nosso encontro (Hb 4.16)

F.       Deus age em nossas vidas acima de tudo pelo que Ele é e não pelo que nós somos. Seu agir sempre terá a ver com o seu caráter.

 

3.       CHEGA MARCANDO A NOSSA SITUAÇÃO (8.17; 9.1-32)

A.       Ester se apresenta na presença do Rei e o convida Juntamente com Hamã para dois banquetes, e é lá que ela apresenta sua questão. Então a rainha Ester não tendo conseguido que a lei fosse revogada, conseguiu que o rei fizesse outra lei em que os judeus que moravam nas 127 províncias do reino (da Etiópia a Índia) pudessem se defender.

B.       Esta notícia que foi espalhada por todo o reino quando chegou ao conhecimento do povo trouxe grande alegria e fizeram banquetes e festas.

C.      Aquele ato de socorro de divino trouxe um grande significado para a vida do povo, pois mostrou que Deus não havia abandonado seu povo e as suas promessas.

D.      Isso marcou a história do povo de duas maneiras, primeiro que por causa disso pela primeira vez no AT houve uma grande conversão de outros povos ao judaísmo, isto é ao Deus dos judeus, porque o temor caiu sobre eles (8.17). E segundo porque, a partir dali se estabeleceu a festa do Purim (sorte), mostrando quão significativo foi tudo aquilo. A FESTA foi estabelecida por Mardoque que também começo a a ocupar uma posição de prestígio no império (9.26)

E.       Até hoje se comemora a festa do Purim, mencionada pela primeira vez no livro apócrifo de Macabeus. ( II Macabeus 15,36 se refere ao Dia de Mardoqueu.)

F.       Muitos acreditam que o livro de Ester foi escrito para explicar a origem da festa do Purim, pois isso marcou a história dos judeus.

G.      Ainda hoje durante esta festa os judeus leem o livro inteiro nas sinagogas. É celebrada nos 14º e 15º dias do mês de Adar (mês de março-abril).

H.      Assim também Deus socorre ainda o seu povo deixando marcas indeléveis na sua história. E é assim, que a nossa história sempre terá as marcas do agir glorioso do nosso Deus.  As vezes não entendemos determinadas situações que se levantam contra nós, mas serão elas que trarão a marca do socorro de Deus sobre a nossa história.

COCLUSÃO: E assim, certamente Deus faz conosco também, Ele chega com seu socorro nas situações da nossa vida, assim como o salmista declarou (Sl. 121.1-2).

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