O VALOR DA PERSEGUIÇÃO NA HISTÓRIA DA IGREJA

 Atos 7. 54 – 8.1-3

INTRODUÇÃO/ ELUCIDAÇÃO: desde os primeiros séculos da igreja, os cristãos enfrentam perseguição. Isso sempre fez parte da história do povo de Deus. Jesus mesmo deixou bem claro isso (Mt. 24.9)

Perseguição judaica Novo Testamento informa que os cristãos primitivos sofreram perseguição nas mãos das lideranças judaicas de seu tempo, começando pelo próprio Jesus Cristo. Os primeiros cristãos nasceram e se desenvolveram sob o judaísmo, na medida em que o cristianismo começa como uma seita do judaísmo. As primeiras perseguições judaicas aos cristãos devem ser entendidas, então, como um conflito sectário – judeus perseguindo judeus por causa da heterodoxia. Várias outras seitas judaicas da época, no entanto, como os essênios, foram tão heterodoxas quanto a seita cristã. De acordo com os textos do Novo Testamento, a perseguição aos seguidores de Jesus continuou após a sua morte. Neste contexto aparece o primeiro mártir do cristianismo foi Estêvão (Atos 7).

Estevão estava cheio da graça e de poder e fazia grande sinais... um grupo de judeus começou a discutir com ele e não puderam prevalecer. Levaram para o sinédrio sob a acusação de blasfêmia, conseguido duas testemunhas falsas que pudessem depor contra ele. (6.8-15). Estevão se defende não diretamente, mas com um lido discurso em defesa de Cristo a começar de Moisés até os dias de Jesus. Mostrando que Jesus era o cumprimentos das predições do VT. Isso não satisfez os ouvintes que lançaram sobre ele a sentença: apedrejamento. Diante desse episódio Estevão se tornou o primeiro mártir do Cristianismo e com ele começa a perseguição sobre a igreja também. Num primeiro momento a perseguição era restrita ao seguimento religioso depois tomou rumos imperiais.

 

PERSEGUIÇÃO SOB O IMPÉRIO ROMANO

NERO, 54-68 - O primeiro caso documentado de perseguição aos cristãos pelo Império Romano direciona-se a Nero. Em 64, houve o grande incêndio de Roma, destruindo grandes partes da cidade e devastando economicamente a população romana. Nero, cuja sanidade já há muito tempo havia sido posta em questão, era o suspeito de ter intencionalmente ateado fogo. Ao associar os cristãos ao terrível incêndio, Nero aumentou ainda mais a suspeita pública já existente e, pode-se dizer, exacerbou as hostilidades contra eles por todo o Império Romano. As formas de execução utilizadas pelos romanos incluíam crucificação e lançamento de cristãos para serem devorados por leões e outras feras selvagens. ( Paulo e Pedro morrem nesse período)

DOMICIANO – João é exilado nesta perseguição (95 d. C.)

MAXIMINO E DÉCIO- A primeira perseguição que envolveu todo o território imperial aconteceu sob o governo de Maximino, apesar do fato de que apenas o clero tenha sido visado. Foi somente sob Décio, em meados do segundo século, que a perseguição generalizada – tanto ao clero quanto aos leigos – tomou lugar em toda a extensão do Império. 

DIOCLECIANO E GALÉRIO- O clímax da perseguição se deu sob o governo de Diocleciano e Galério, no final do século terceiro e início do quarto. Esta é considerada a maior de todas as perseguições. Iniciando com uma série de quatro editos proibindo certas práticas cristãs e uma ordem de prisão do clero, a perseguição se intensificou até que se ordenasse a todos os cristãos do Império que sacrificassem aos deuses imperiais (ver: religião na Roma Antiga), sob a pena de execução, caso se recusassem.

A perseguição continuou até que Constantino I chegasse ao poder e, em 313, legalizasse a religião cristã por meio do Édito de Milão, iniciando-se a Paz na Igreja. Entretanto, foi somente com Teodósio I, no final do século quarto, que o cristianismo se tornaria a religião oficial do Império.

Na idade média a Igreja Católica Romana se utilizava do tribunal da inquisição para punir e matar aqueles que se rebelassem contra seus dogmas.

PERSEGUIÇÕES ATUAIS - Hoje Mais de 100 milhões de cristãos ao redor do mundo são perseguidos por causa de sua fé. As formas de perseguição são diferentes em cada país. Mas a situação é real e a ameaça à Igreja é séria. A cada 11 minutos um cristão morre por causa da sua fé.

Diante deste quadro histórico que ainda é atual, nos perguntamos por que Deus permite que a sua igreja sofra a esse ponto? Qual o valor de tudo isso? Qual o valor da perseguição? O que podemos aprender é que:

TEMA: A PERSEGUIÇÃO TEM SEU GRANDE VALOR NA HISTÓRIA DA IGREJA

Interrogação: qual o valor das perseguições e o que elas têm a nos ensinar?

Transição: vamos ver a partir das verdades que podemos extrair do texto o valor que a perseguição tem:

1.       O VALOR DA VERACIDADE DA FÉ (54-56)

a)       Naquele momento Estevam mostrou a veracidade da sua fé e até onde a fé lhe levou, até a morte.

b)       Mostra também o quanto cristianismo é verdadeiro. Isso pode ser visto nos primeiros séculos. Porque muitos alegam que os Evangelhos e seus relatos são uma farsa inventada pelos apóstolos, mas ninguém morreria por uma farsa que ele mesmo inventou.

c)       A perseguição também mostra a veracidade da fé de cada um, revela que aquilo que as pessoas creem é verdadeiro para elas. Ninguém entregaria sua vida por uma mentira.

d)       Até que ponto estamos dispostos a dar a vida pelo que cremos?

e)       Historiadores contam que os mártires evangelizavam por meio das perseguições, pois os pagãos ficavam atraídos por aquela verdade pela qual eles se entregavam até a morte, suportando os mais cureis meios de tortura.

f)         Será que estamos disposto a ir até as ultimas consequências pela nossa fé? Ex: testemunho da igreja do pr Ricardo Gondim.

2.      O VALOR DO NOSSO COMPROMISSO COM DEUS (55)

a)       Estevam estava verdadeiramente comprometido com Deus. Ele estava cheio de Espirito, isto significa que ele era dominado pelo Espirito de Deus.

b)       Essas pessoas estão comprometidas com Deus e não abrem mão disso, mesmo que isso lhe custe a própria vida.

c)       Somente alguém inteiramente comprometido com Cristo, que tem sua vida cheia Dele e por Ele é capaz de dar a sua vida. É capaz de suportar a perseguição.

 

3.     O VALOR DA IGREJA PURA

a)       Nesta sena aparece pela primeira vez o jovem Saulo (Paulo) logo mais a seguir no capítulo nove vemos a sua conversão.

b)       Percebemos que o próprio Saulo que presenciou e liderou várias perseguições se converte na certeza de que iria enfrentar as mesmas situações de perseguição (9.15-16). Com a conversão Paulo deixou de ser perseguidor para ser perseguido. 

c)       Por isso, a perseguição também nos remete a um fato importante, ela purifica a igreja. Porque somente aqueles que estão disposto a ir até a morte confessam verdadeiramente o Evangelho em suas vidas.

 

4.       O VALOR DA ETERNIDADE (59)

a)       Estevão estava certo para onde iria ( ele diz: recebe o meu espirito)

b)       Aqueles que entregam a sua vida até morte desistem de viver aqui porque entenderam o valor da eternidade.

c)       Eles sabem que depois da cruz tem uma coroa lhe esperando.

d)       Conta-se que certa vez um homem ficou muito tempo preso em uma prisão por causa do Evangelho e certo dia seu filho foi visita-lo, chegou para ele e disse: pai negue a Jesus para que o senhor possa voltar para casa, e o pai então lhe respondeu assim: levarei eu também mina cruz até por uma coroa trocar.

 

5.  O VALOR DA INDESTRUTIBILIDADE DA IGREJA (8.2-3)

a)       Logo após a descrição do primeiro martírio da igreja a perseguição agora se estende a toda igreja. E isso ao invés de destruir a igreja, como era pretendido, fez com que ela se espalhasse e pregasse o Evangelho.

b)       As perseguições da igreja que já duram cerca de 2 milênios só vem para confirmar o quanto as portas do inferno não prevalecem contra a igreja do Senhor. (Mt 16.18)

c)       As perseguições matam os crentes, mas não a igreja.

d)      Inacio de Antioquia:  "Trigo de Cristo, moído nos dentes das feras".

CONCLUSÃO: que possamos aprender o valor de ser perseguido por amor de Cristo, e esse valor seja notório em nossa vida cristã como a maior evidencia da nossa fé.