UNIDADE NOS TORNA VENCEDORES
TÍTULO: UNIDADE NOS TORNA VENCEDORES
TEXTO: Neemias 4.15-23.
INTRODUÇÃO E ELUCIDAÇÃO:
No ano de 445 a.C Neemias morava na cidadela em Susã que era a sede do governo persa. Ele viveu uma geração depois de Ester e Mordecai, que no mesmo local conseguiram salvar os judeus da matança forjada pelos plano de Hamã. Neemias tinha ficado com os judeus que não tinham voltado para Jerusalém. Tinha se passado 90 anos depois da volta de Zorobabel, que tinha voltado para reconstruir o templo e povoar novamente a cidade de Jerusalém. Neemias nesta época era copeiro do rei Artaxerxes, um homem totalmente respeitado pelo homem mais poderoso do mundo, o rei Artaxerxes.
Neemias está em Suzã quando seu irmão Hanani faz uma viagem de 1.600 quilômetros de Jerusalém a Susã trazendo noticias não muito animadoras, as quais entristeceram Neemias. Hanani disse que o povo de Jerusalém encontrava-se numa situação precária e insegura, sujeito às agressões dos povos que controlavam as regiões adjacentes à cidade.
A reação de Neemias não foi outra senão de extrema preocupação com o bem-estar dos seus parentes e compatriotas. Diante do relatório ele chorou, jejuou e orou ao Senhor. Suas orações tinham como base as grandes promessas de Deus, pois estava certo da fidelidade de Deus em cumprir a sua palavra. E assim, ele também pediu que Deus estivesse com ele diante do rei da Pérsia.
Somente depois de quatro meses Neemias teve sua oportunidade de agir. Certo dia na presença do rei Artaxerxes Neemias estava em grande tristeza e o rei percebeu o semblante de seu copeiro, e perguntou o motivo. Neemias logo lhe explicou e falou da sua preocupação com o povo em Jerusalém. Então o rei ofereceu ajuda e Neemias imediatamente orou a Deus e fez seus pedidos ao rei, ele pediu: Licença para ir a Jerusalém para reedificar a cidade, Cartas para assegurar sua passagem pelas províncias no caminho, e Autorização para o uso de madeiras da floresta na construção. Pela bondade de Deus, o rei deu tudo que Neemias pediu, e este partiu para Jerusalém.
Quando Neemias chegou em Jerusalém, ele foi muito prudente, e de imediato fez uma vistoria da Obra (2:11-16) e somente depois de três dias ele começou o seu trabalho. Levando poucos homens ele saiu durante a noite, sem anunciar, contudo, o seu propósito. Naquela noite, Neemias percorreu a cidade de Jerusalém, fazendo vistoria das muralhas. Porque, antes de dar alguma orientação ao povo, ele precisava entender a situação.
Somente depois do término de sua vistoria, foi que Neemias falou com o povo e fez seus apelos. Ele falou sobre O problema – a miséria do povo, A necessidade de agir para resolver o problema, e A dependência em Deus para alcançar a solução. (2:17-18)
Depois disto veio a resposta dos Judeus (2:18) eles decidiram cooperar com Neemias que não tinha a pretensão de trabalhar sozinho. Ele precisava que todos estivessem engajados no mesmo propósito e assim, os judeus se mostraram dispostos e começaram os seus preparativos para o trabalho de construção.
Se já era difícil lidar com todos aqueles problemas a posição também apareceu (2:10,19-20) e logo diante do relato da construção os opositores, que eram os povos vizinhos apareceu. Estes fizeram de tudo para atrapalhar a reconstrução, pois não queriam Jerusalém prosperasse. Eles até caluniaram usando o argumento da ilegalidade. Mesmo diante da pressão Neemias não cedeu aos adversários. Ele confiou totalmente em Deus. (6:9).
Mas diante disso, os relatos do capítulo três de Neemias, vai nos revelar que o povo somou forças para enfrentar o adversário. Deste modo cada família e cada pessoa foram distribuídos em lugares diferentes para que contribuíssem com a obra de construção. Uma família assumiu a responsabilidade de edificar um trecho do muro, enquanto outra ergueu o próximo. Do sumo sacerdote e maiorais do povo aos residentes comuns de Jerusalém e de outras cidades judaicas, o povo pôs a mão à massa e trabalhou dia e noite. Neemias comentando sobre este espírito de cooperação declarou: “Assim, edificamos o muro... porque o povo tinha ânimo para trabalhar” (4:6). (3:1-32)
O povo estava tão disposto que devido à disposição logo as muralhas chegaram à metade de sua altura, e assim, começaram a fechar as brechas. Diante disto, Neemias ouviu que os inimigos se preparavam para atacar a cidade. A reação de Neemias foi assim descrita: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite” (4:1-23) (4:9).
Então o problema também podia atingir as famílias. Deste modo, organizando os trabalhadores para se defenderem, Neemias conclamou a todos a pelejarem pelas próprias famílias (4:14). E assim, o desejo de salvar as próprias famílias motivou os judeus a trabalharem e vigiarem constantemente. Desta forma tudo que eles precisavam era transformar aquelas batalhas em vitórias, e apesar de terem seus armamentos, a maior arma naquele combate era a unidade, e foi isso que os fez vitoriosos. (4:12-14) Diante desse momento aprendemos que:
TEMA: A UNIDADE PODE TRANSFORMAR GRANDES BATALHAS EM GRANDES VITÓRIAS
TRANSIÇÃO: COMO DESENVOLVER ESSA UNIDADE?
1. TRABALHANDO JUNTOS POR UM PROPÓSITO MAIOR (4.15)
a) Todos estavam engajados num mesmo propósito: não só edificar os muros, mas agora salvar suas próprias famílias (4.14).
b) Suas famílias foram ameaçadas pelo inimigo e agora todos precisavam somar força por um propósito maior.
c) Como igreja o nosso propósito maior é o Reino de Deus. Devemos trabalhar juntos neste mesmo alvo.
d) Não podemos assumir uma postura de exclusividade, como se cada um tivesse um propósito a parte. Todo temos um só alvo, um só objetivo que é o alvo Daquele que é o rei que nos chamou para isso.
2. ENFRENTANDO A JUNTOS A ADVERSIDADE EM PROL DO MESMO PROPÓSITO(4.16-17)
a) Os inimigos se levantaram contra a obra, mas o povo se uniu mais ainda por aquele propósito.
b) Em vez de desanimarem eles se engajaram ainda mais.
c) As adversidades sempre se levantarão quando o assunto é a obra de Deus, precisamos não só ter consciência disso como saber como enfrentar, e principalmente ter conhecimento dos adversários.
d) Naquela ocasião o adversário está bem claro: os samaritanos. Incitados por Sambalate e Tobias.
e) Aqui primeiro precisamos saber quem é o nosso inimigo, lembra-se nunca é o nosso irmão. Nosso inimigo é sempre o diabo e é contra ele que lutamos, precisamos antes de tudo ter discernimento disso.
3. DESENVOLVENDO JUNTOS UM TRABALHO DE COOPERAÇÃO POR ESSE PROPÓSITO (4.15-17)
a) Cada um trabalhava num setor.
b) Quando há unidade não há competição, mas todos trabalho mesmo na diversidade em busca da unidade, de um projeto em comum.
c) Assim deve ser no Reino de Deus, não há lugar para competição, mas para cooperação.
4. SOMANDO JUNTOS NUMA PROPOSTA DE IGUALDADE EM PROL DESSE PRÓPOSITO (19)
a) Veja que existia pessoas de toda a classe social, mas todos estava em pé de igualdade quando o assunto era salvar suas famílias.
b) Quando há um único propósito não se pensa em raça, condição financeira etc.
c) Não há ninguém maior ou melhor, todos somos iguais diante do Reino de Deus. E é com essa consciência que temos que agir.
CONCLUSÃO: Neemias e o povo de Judá aceitaram o desafio e realizaram uma obra importante na reconstrução dos muros de Jerusalém, mas diante dele surgiu desafios maiores e diante destes o povo se uniu e lutou junto por uma só causa. Aprendemos muitas lições importantes do bom exemplo deles. Que a semelhança deles possamos agir também assim.